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sábado, setembro 30, 2006

A tividade 1

Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul
Pedagogia Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Escola, Projeto Político Pedagógico E Currículo -A
Nome do Aluno : Gisele Maria da Silva Martins
Número da Atividade : 1
Pólo : Alvorada
Profeesora : Maria Martha Dalpiaz
Tutora : Denise Severo


Quem sou eu, onde vivo e trabalho.

Sou Gisele Maria da Silva Martins, tenho 26 anos de idade, meu apelido é gisa como já mencionei neste blog, estou cursando o curso de Pedagogia á Distância no Pólo de Alvorada, participo de alguns movimentos sociais, acredito na mudança do mundo, através de pequenos atos e grandes atos, sou estudante de filosofia nas horas vagas, também aos sábados freqüento um curso de Alfabetização ministrado pela PUC de Viamão.
Vivo há 20 anos na cidade de Alvorada, uma cidade da qual me orgulho de ser moradora, acredito que a nossa cidade tem muito a melhorar.
Sei que as dificuldades de nossa cidade são muitas.Mas luto contra o preconceito e também contra os valores negativos que a mídia explora. Sabemos que a nossa cidade têm muitos trabalhadores, estudantes e desempregados e, não é por morar em Alvorada que tenham as suas oportunidades negadas.
Trabalho no município de Viamão na Vila Augusta Meneguini , bairro com uma comunidade periférica e por ser moradora de Alvorada não senti nenhuma dificuldade de me estabelecer neste local para trabalhar. A Escola Municipal de Ensino Fundamental Lauro Pereira Rodrigues, onde trabalho com uma turma de Pós-Alfabetização 1ª série, trabalho 20 horas, com uma turma de 30 alunos à tarde.


Por que me tornei professora?
Tornei-me professora, acho que por acaso ou por influência de meus familiares, pois nunca havia cogitado exercer esta profissão.

Como vivencio hoje o ser professora / professor?
Hoje declaro que após ter vivenciado várias práticas de educação e ter estudado, vejo através de meu trabalho que posso contribuir para a construção de um mundo menos injusto e através da educação podemos sim sonhar em termos condições iguais para todos.
Tenho ousadia para...
Para implementar minhas idéias, acreditar em meus objetivos e nenhum instante desistir do que eu quero.


Tenho medo de...
Acho que não tenho mais medo, pois superei algumas dificuldades, mas se algum aparecer vou supera-lo.

Quero dialogar sobre...
Diversos assuntos, como educação, filosofia, mídia, música, política e outros mais.


Após fazer leitura de José Saramago ( O Conto da Ilha Desconhecida ), passei a olhar para o presente com outros olhos. Pois como o personagem do “rei” há várias pessoas que valorizam somente títulos e menosprezam as pessoas, cercando-se de múltiplas portas ou sejam os entraves burocráticos que muitas vezes impossibilitam o bom desenvolvimento do estado , fechando-se em pequenos mundos
ando-se em pequenos mundos.
A submissão e opressão causada pelo rei fica bem clara,pois apenas um simples homem conseguiu de maneira sábia colocar-se neste universo abrindo assim as portas ( rompendo barreiras em busca de seus sonhos ).
Sendo assim verifico o quanto vale apenas não desistir e manter suas convicções.
Li e reli mais de uma vez o texto para certificar-me da subjetividade implícita de Saramago que mostra-nos A Ilha desconhecida não passa de uma procura de cada indivíduo.
Agora é somente para refletir sobre este texto, se você abrir este blog, com carinho gisa ...
Fazer o que se gosta
Eu sei que a gente se acostuma , mas não devia!
( Clarisse Linspector)
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista , logo se acostuma a não olhar para fora. E por que não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz à medida que se acostuma esquece o sol, esquece oar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressalto porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem. A comer sanduíches porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e a dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir a janela e a ler sobre a guerra . E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números, aceita não acreditar nas negociações de paz, aceitar ler todo dia guerra, dos números de longa duração.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios . Aligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema a engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição.À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural . Às besteiras das músicas, ás bactérias da água potável.À contaminação da água do mar. À luta. À lenta morte dos rios. E se acostuma a não ouvir passarinhos, a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofre. Em doses pequenas, tentando não perceber. Vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente se senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contamida, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer,a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele, se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta , para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.
Amigos não se acostumem com esses tipos de situações .... Busquem nos pequenos atos uma vida melhor ...

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